Últimos Lugares

Travessia das Tien Shan

Com Ruben Antunes 06 a 21 jul 2024

Em plena Ásia Central, na fronteira entre o Quirguistão e a China, situam-se as montanhas Tien Shan. Uma paisagem intocada, de vales alpinos habitados há muitas gerações por famílias nómadas, onde encontramos florestas de coníferas, lagos de altitude e imponentes picos nevados.

Percorremos os trilhos das Tien Shan ao longo de uma jornada de trekking que nos leva desde os rios na base dos vales às passagens de colos de altitude, próximas dos 4000 metros, desvendando glaciares e montanhas a perder de vista. Prepara-te para te encontrares com pastores e descobrires o seu modo de vida, numa região onde o meio de transporte ainda é o cavalo. Com o apoio de uma equipa de carregadores e um cozinheiro, deixamos as comodidades do mundo moderno para abraçar a exploração do ambiente natural. Adormecemos com o crepitar da fogueira e despertamos nas margens do lago Ala Kul.

  • Impacto cultural
    Encontras costumes muito diferentes aos que estás habituado, no contacto com os nómadas que habitam a região e em alguns momentos de visita às cidades.
  • Esforço físico
    Caminhamos cerca de sete horas por dia, durante 10 dias consecutivos, carregando uma mochila com cerca de 5 kg. O trekking realiza-se entre os 2000 e os 4000 metros de altitude atravessando zonas de inclinação e exposição significativas.
  • Nível de conforto
    Durante o trekking, passamos dez noites em acampamento, em tendas de montanha para duas pessoas, sem acesso a banho. As refeições realizam-se numa tenda grande comum. O alojamento em Bishkek e Karakol é confortável.

06 a 21 jul 2024

1950 €16 Dias
Voo não incluído.  Valor indicativo: 800€

Outras datas disponíveis:

Número de viajantes

1950€ por viajante

Percurso

Dia 1Chegada a Bishkek

Bem-vindo ao Quirguistão, o país das montanhas. Ao chegares ao aeroporto Manas, és recebido pelo Ruben, que te acompanha até ao nosso hotel na cidade. Pelo caminho, logo te apercebes que estás no local certo para um trekking: mais de 80% do território do Quirguistão é composto por montanhas e Bishkek está rodeada delas.

Alimentação: -
Dormida: Hotel

Dia 2Karakol

De manhã cedo, partimos numa carrinha privada em direção a Karakol. Grande parte do percurso é feito pela cénica estrada que segue entre o lago Issyk Kul e as imponentes montanhas Tien Shan. O lago tem proporções gigantescas, com 160 quilómetros de comprimento, e é uma estância turística para os habitantes da capital e dos países vizinhos. 

Ao final da tarde chegamos ao nosso alojamento, uma acolhedora guesthouse de uma família russa, numa tranquila rua da cidade, com vista para as montanhas onde vamos caminhar.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse

Dia 3Karakol

Dedicamos este dia a deambular pelas ruas de Karakol, uma cidade onde habita uma grande comunidade russa e onde as suas influências são evidentes. No centro, encontramos uma bela catedral ortodoxa construída em madeira, para além das várias mesquitas, dispersas por entre os blocos soviéticos de habitação e edifícios governamentais. 

De tarde visitamos o bazar da cidade. Aqui, podemos encontrar tudo à venda, desde os banais utensílios para casa até às carnes e especiarias. Podemos ainda aproveitar para comprar frutos secos e outros snacks para os dias de trekking que nos esperam.

Após fazer a verificação do equipamento que vamos levar para o trekking, terminamos o dia com um jantar relaxado na nossa guesthouse servido pela Svetlana e pela sua família. 

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse

Dia 4Trekking Vale Kyzul Suu

Deixamos Karakol após o pequeno-almoço, num curto percurso a bordo de um antigo camião militar, que nos leva até ao início do trekking. Enquanto os carregadores fazem os ajustes finais da carga nas suas mochilas, nós colocamos as nossas às costas e arrancamos pelo vale Kyzul Suu acima. 

No início do dia, o trilho é largo e coberto por uma bem preservada floresta de coníferas, atravessando pontualmente alguns ribeiros. Passamos uma antiga estação meteorológica ainda em uso, e pouco depois chegamos ao nosso acampamento, previamente montado pelos carregadores. É o nosso primeiro jantar em montanha, confecionado pelo cozinheiro que nos acompanha e que nos ajuda a retemperar forças para os próximos dias.

Distância: 5 km (3 horas)
Desnível: 300 m positivo + 40 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 5Trekking Colo Archa Tor

Começamos o dia com a travessia do rio numa tirolesa de carrinho. Na outra margem, prosseguimos a subida do vale, sentindo a floresta começar a rarear à medida que ganhamos altitude. O trilho oferece-nos vistas sobre o vale que subimos, e sobre as cascatas que se precipitam pelas escarpas da montanha e nos transmitem uma agradável sensação de frescura. 

O acampamento de hoje fica na base do colo de Archa Tor, a 3800 metros de altitude. A paisagem é agora alpina, e é provável que os cumes que nos rodeiam se encontrem nevados.

Distância: 6 km (5 horas)
Desnível: 800 m positivo + 40 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 6Trekking Vale Jetty Oguz

Nas primeiras horas, vencemos a primeira grande dificuldade deste trekking - atingir o colo de Archa Tor. E sem pressas, mas com alguma perseverança, chegamos ao topo. Lá em cima, a vista que o nosso olhar alcança está repleta de montanhas nevadas, de 5000 e 6000 metros de altitude. Uma paisagem de branco verdadeiramente inesquecível. 

Descemos depois um longo vale. É uma descida suave, em que sentimos agora a mudança da paisagem por ordem inversa. À medida que avançamos, a vegetação rasteira começa a surgir, dando depois lugar à floresta que se adensa cada vez mais. Surgem também os animais que pastam pelos vales - vacas, cavalos, cabras e ovelhas. E as yurts das famílias de pastores que aqui passam o verão com os seus animais. A hospitalidade do povo quirguiz é famosa, pelo que não te admires se nos convidarem para um chá ou para provar o seu kumiz, uma bebida tradicional da Ásia Central feita a partir de leite de égua fermentado. Acampamos na base do vale Jetty Oguz, com uma imponente vista para os picos mais acima.

Distância: 9 km (8 horas)
Desnível: 450 m positivo + 1300 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 7Trekking Subida Vale Jetty Oguz

O dia de hoje é diferente. Subimos o vale para nos aproximarmos das grandes montanhas, voltando depois ao mesmo acampamento para dormir. Começamos por atravessar mais um rio, num local onde habitam frequentemente vários pastores e famílias nómadas. Paramos a meio para um piquenique descontraído, com a comida que trouxemos nas mochilas desde o acampamento. 

A paisagem continua a mostrar-se diferente a cada dia, e a proximidade das montanhas faz-nos sentir a sua imponência. À nossa volta, estão alguns cumes perseguidos pontualmente por alpinistas, quase sempre russos, que desde a segunda metade do século XX rumam a estas montanhas no verão. Muitos outros cumes não têm nome - são tantas as montanhas que só as que mais se destacam é que ganham a honra de ser batizadas. Em muitas delas, nunca pisou um pé humano.

Distância: 12 km (6 horas)
Desnível: 250 m positivo + 250 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 8Trekking Colo de Telety

Após mais um pequeno-almoço no acampamento, colocamos as mochilas às costas e descemos um pouco do vale Jetty Oguz, para logo depois voltar a seguir para leste, a direção dominante do nosso trekking. Estamos a cerca de 2500 metros, uma das menores altitudes desta aventura. Cruzamo-nos com várias famílias, que sobem os vales no início do verão com os seus animais, para aqui montarem as suas yurts e tirarem partido do viçoso pasto que estes jailoos (pastos de altitude) lhes proporcionam. Quando chegar o outono, voltarão a descer o vale e a habitar as casas das aldeias, enfrentando os rigores do inverno. 

Hoje, subimos até à base do colo de Telety, passando por diversas yurts e tendas de pastores, que se posicionam a diferentes altitudes, de acordo com os pastos que encontram. O acampamento de hoje é um dos mais belos da viagem, envolto em paisagem de alta montanha.

Distância: 13 km (8 horas)
Desnível: 850 m positivo + 100 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 9Trekking Vale de Karakol

Do acampamento, começamos a subir até transpormos o colo de Telety, a 3800 metros de altitude. Do topo, deparamo-nos uma vez mais com montanhas a perder de vista. Para oeste, destaca-se um incógnito mas imponente pico de forma triangular, que convida à contemplação. 

Na descida, passamos junto a pequenos lagos e glaciares, até que entramos na floresta e chegamos ao local do nosso acampamento, na margem do rio Karakol. A paisagem é bucólica e serena e merece que lhe dediquemos as duas noites que aqui passamos. 

Distância: 9 km (8 horas)
Desnível: 300 m positivo + 1150 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 10Trekking Vale de Karakol e Glaciar Ujuntor

Pela segunda vez nesta viagem, partimos para o trekking do dia, voltando depois ao mesmo local de acampamento. Hoje subimos o vale de Karakol, um dos mais encantadores da região. 

Seguindo sempre pela margem esquerda do rio, atravessamos uma floresta de pinheiro siberiano, até que termine e nos desvende todo o esplendor da paisagem. Ao fundo, encontra-se o Pico Karakol, uma montanha de beleza singular e alvo de muitas expedições de alpinismo. Na sua base, podemos contemplar o não menos belo glaciar Ujuntor. Este conjunto compõe uma paisagem inesquecível - uma das memórias que certamente irás guardar deste trekking.

Distância: 8 km (5 horas)
Desnível: 400 m positivo + 400 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 11Trekking Lago Ala Kul

Após deixarmos o vale de Karakol, o nosso grande objetivo é atingir o colo Panoramnyy. A subida é feita percorrendo a "Sporttuk çıguu", via desportiva, um trilho com uma elevada inclinação e que vai testar a nossa resiliência. Ao alcançar o colo, a cerca de 3700m, teremos uma vista privilegiada sobre um dos lugares mais icônicos da região, o lago Ala Kul. O lago é uma pérola de águas azul-turquesa que parece irreal. 

Após um merecido descanso passado a apreciar a beleza do lago Ala Kul, descemos em direção à sua margem, onde vamos passar a noite. À medida que o sol se aproxima do horizonte, as paredes que envolvem o lago pintam-se de tons de laranja. E se a noite estiver descoberta, o céu ficará repleto de estrelas umas horas mais tarde.

Distância: 6,5 km (9 horas)
Desnível: 1300 m positivo + 400 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 12Trekking Colo Takyr Tor

Despertamos na margem do lago. De manhã, com a luz a incidir noutra perspetiva, podemos ver as montanhas refletidas nas suas águas. A cada hora, vemos a paisagem deste local mudar consoante a luz, permitindo-nos presenciar todas as nuances deste lugar tão especial. 

Iniciamos o percurso do dia em direção ao o massivo glaciar Takyr Tor, que alimenta o lago Ala Kul. Após algumas horas estaremos a atravessar uma pequena língua deste glaciar. De seguida, viramos à esquerda e começamos a subir até ao último colo de altitude deste trekking, desta vez passaremos acima dos 4000 metros. Lá em cima, é difícil escolher para onde olhar. De um lado, temos uma nova perspetiva sobranceira sobre o lago Ala Kul e sobre o glaciar que o alimenta. Do outro, na direção da China, ao longe, estão as montanhas de 7000 metros. Terminamos o dia com uma curta descida até ao nosso acampamento onde podemos processar as fortes emoções deste dia.

Distância: 8,5 km (9 horas)
Desnível: 700 m positivo + 630 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 13Trekking Vale Altyn Arashan

Ao nascer do dia deixamos o nosso acampamento e começamos a descer em direção ao vale de Altyn Arashan. Rapidamente estaremos de regresso à quietude e ao conforto que podemos encontrar nos vales alpinos que caracterizam as Tien Shan. 

No nosso último acampamento, espera-nos um jantar de celebração do trekking que terminamos. À volta de uma fogueira partilhamos o sentimento de recompensa de quem acaba de completar uma jornada de vários dias a caminhar por uma região remota da Ásia Central.



Distância: 13 km (8 horas)
Desnível: 500 m positivo + 1535 m negativo

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Acampamento

Dia 14Karakol

Pela manhã, após o pequeno-almoço, o camião militar que nos trouxe para a montanha vai agora levar-nos de volta a Karakol, pelas estradas de terra que descem o vale. Regressamos à guesthouse que nos serve de base na cidade, onde a Svetlana e a sua família nos aguardam. 

Depois de nos instalarmos num local que já nos é familiar, abandonamos as roupas de trekking e saímos para almoçar. Da parte da tarde visitamos os banhos públicos da cidade. Seguindo os costumes quirguizes, vamos alternando entre momentos na sauna e mergulhos em água fria, começando assim a nossa recuperação do esforço do trekking.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse

Dia 15Lago Issyk Kul e Bishkek

Hoje deixamos Karakol para regressar a Bishkek. Pelo caminho, paramos na margem do lago Issyk Kul para almoçar. Já tivemos oportunidade de o admirar nos primeiros dias no Quirguistão, e hoje, porque não dar um mergulho nas suas águas, enquanto contemplamos as montanhas Tien Shan? Afinal, não é todos os dias que estamos num dos maiores lagos do mundo e aliás o maior lago salgado, imediatamente a seguir ao Mar Cáspico. 

Revigorados, seguimos viagem e chegamos a Bishkek ao final da tarde, a tempo de um último jantar de grupo, em celebração das nossas conquistas.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dia 16Bishkek e Voo de Regresso

Chegou a hora de te despedires do Quirguistão. O Ruben vai levar-te ao aeroporto Manas de acordo com o horário do teu voo de regresso. Contigo, levas uma sensação de superação incrível, depois destes dias de trekking e isolamento num cenário montanhoso singular.  

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: --

Inclui:

Acompanhamento do guia de trekking Nomad durante toda a viagem
Transfers de aeroporto (dentro das datas do programa)
Alojamento durante todo o programa
Transportes durante todo o programa
15 pequenos-almoços, 10 almoços e 10 jantares
Serviço de carregadores e cozinheiro para o trekking

Tendas

Exclui:

Voos internacionais
Alimentação não especificada (cerca de 70€)
Gratificações à equipa local (cerca de 60€)
Seguro pessoal
Atividades não especificadas
Extras pessoais

Perguntas Frequentes

  • Para fazer esta viagem preciso de visto?

    Não. Para viajantes com passaporte português, não é necessário visto para o Quirguistão. Apenas tens de levar o teu passaporte com uma validade mínima de seis meses após a data de fim da viagem.

  • Podem reservar-me noites extra no início e fim da viagem?

    A Nomad não reserva noites extra no início e/ou no fim da viagem mas podes fazê-lo diretamente nos mesmos alojamentos que temos previstos para a viagem. Depois da tua reserva estar confirmada, a nossa equipa de atendimento disponibiliza as informações dos alojamentos, do início e/ou fim da viagem, para que possas realizar as tuas reservas de noite extra de acordo com as tuas preferências. Estarão sempre sujeitas à disponibilidade dos alojamentos no momento em que realizes a reserva.

  • Como são os alojamentos durante a viagem?

    Escolhemos alojamentos bem localizados no centro das cidades e perto dos principais pontos de interesse, de forma a facilitar as deslocações previstas no programa. São alojamentos que respiram a atmosfera das povoações visitadas, caracterizados pelas marcas culturais da região, de forma a acentuar os contrastes que se podem sentir ao longo da viagem.  

    Em Bishkek, ficamos num hotel no centro da cidade, com quartos de duas camas e casas de banho em todos os quartos. Em Karakol, dormimos numa guesthouse de uma acolhedora família russa. Provavelmente, o nosso grupo ocupará todos os quartos, sendo que alguns são de duas camas, outros de três ou quatro, todos com casas de banho privativas. O espaço é muito acolhedor. Ambos os alojamentos dispõem de wi-fi.

    Durante o trekking, dormimos em tendas de montanha de duas pessoas, transportadas pela nossa equipa de carregadores. Nos acampamentos, há ainda uma tenda grande, onde podemos estar juntos durante as refeições ou noutros momentos ao final do dia. Temos uma latrina rudimentar em cada acampamento. Durante o trekking, não há acesso a duche.

  • Como é a alimentação durante a viagem?

    Nas cidades, há restaurantes de vários tipos de cozinha, incluindo ocidental. Para além destes, queremos dar-te a experimentar a cozinha quirguiz e a da Ásia Central, difundida pelos vários países da região. Fazêmo-lo em restaurantes, mas também em bancas de rua e mercados. A carne de vaca e carneiro são muito frequentes, mas as massas, o arroz e os legumes também. Já o peixe não é muito habitual.

    Durante os dias de trekking, a alimentação é fornecida pela Nomad e inclui pequeno-almoço, almoço e jantar. Os pequenos-almoços são semelhantes ao habitual em Portugal, com pão, manteiga, compotas, chá, café, etc. Os almoços são ligeiros e poderão variar dependendo dos dias de trekking, dividindo-se em refeições quentes confecionadas pelo cozinheiro no momento, ou refeições piquenique que te são entregues na manhã, antes de iniciarmos o trekking. Os jantares são sempre refeições quentes confecionadas pelo cozinheiro, refletindo, quando possível, a cozinha quirguiz e desfrutadas no conforto (relativo) do acampamento. Podes esperar refeições completas com pratos que podem ser de carne, arroz, massas, legumes ou saladas, com as restrições compreensíveis pelo facto de os mantimentos serem transportados por carregadores. Se fores vegetariano ou tiveres alguma restrição alimentar, deves avisar-nos com antecedência. 

    Durante os trekkings, deves levar snacks, como frutos secos ou barras energéticas, para comer entre refeições. Podes comprá-los já no Quirguistão.

  • Como vou gerir o dinheiro durante a viagem?

    A moeda do Quirguistão é o som quirguiz e é a que utilizas para os pagamentos que precises de fazer durante a viagem. Podes trocar dinheiro em casas de câmbio em Bishkek ou levantar em máquinas ATM, mas neste caso as taxas são elevadas. Caso queiras trocar dinheiro, podes trazê-lo em euros ou dólares (é indiferente) e, no dia da chegada, o guia Nomad mostra-te onde o trocar.

    A maior parte da alimentação está incluída no valor da viagem. Só vais precisar de dinheiro para as refeições e pequenas despesas em Bishkek e Karakol, bem como para a compra de snacks para levar para o trekking. Estimamos cerca de 70€ para alimentação não incluída. Durante o trekking, somos acompanhados por uma equipa de carregadores. Na montanha, é tradição gratificar a equipa local no final da viagem. Tendo em conta os padrões locais, sugerimos que reserves cerca de 60€ (opcional).

    Aconselhamos-te a levar um cartão Revolut ou outro do mesmo género. Entre as principais vantagens em termos financeiros contam-se as taxas inexistentes ou reduzidas e o facto de, alegadamente, usar taxas de câmbio mais favoráveis do que os bancos tradicionais. É uma excelente opção para poupares dinheiro em taxas durante a viagem.

    É conveniente levares contigo um fundo de emergência de cerca de 200€ em dinheiro. Pode servir se, por qualquer razão, não conseguires levantar dinheiro logo à chegada ou noutro local durante o percurso. Nesse caso, farás com facilidade a troca para a moeda local num banco ou numa casa de câmbios.

  • Como é o acesso à eletricidade durante a viagem?

    Durante todos os dias do trekking, não há qualquer acesso a internet, eletricidade nem rede de telemóvel. Na eventualidade de uma emergência, é possível abandonar o trekking em vários pontos ao longo do percurso.

    Os alojamentos de Bishkek e Karakol têm wi-fi, bem como a maioria dos cafés e restaurantes. Nas cidades, há uma boa cobertura de rede 3G. Fora das montanhas, há rede de telemóvel praticamente sempre, mesmo fora das cidades.

    As tomadas elétricas são iguais às de Portugal, pelo que não precisas de levar nenhum adaptador. Sugerimos que leves uma ficha tripla, se quiseres carregar vários aparelhos ou baterias na noite antes do início do trekking.

  • Como são os transportes durante a viagem?

    Deslocamo-nos de Bishkek para Karakol ao longo do lago Issyk Kul, numa carrinha privada reservada para o nosso grupo, e o mesmo acontece no regresso a Bishkek. O percurso dura aproximadamente seis horas, em cada sentido. O acesso aos trilhos de montanha faz-se em camiões militares da época soviética. 

    Dentro das cidades de Bishkek e Karakol, andamos maioritariamente a pé, mas poderemos recorrer a táxis ou transportes públicos para conveniência em algumas deslocações.

  • Como é o clima durante a viagem?

    O trekking decorre num ecossistema alpino, na região mais verdejante e por isso mais húmida da cordilheira das Tien Shan. Durante o verão, quando se realiza a viagem, podemos contar com uma meteorologia irregular. Maioritariamente, esperam-se dias de sol, mas é muito habitual chover em alguns dias. Esperam-se temperaturas que podem variar entre 26ºC durante o dia e os 0ºC, nas noites mais frias, em que dormimos acima de 3000 metros de altitude.

    Fora da montanha, nas cidades, domina um clima continental e as temperaturas são significativamente mais elevadas. As máximas podem ser de 35ºC e as mínimas de 15ºC.  

  • Terei problemas com a altitude nesta viagem?

    Nesta viagem estarás sujeito a um aumento da altitude de forma muito progressiva e pensada para garantir uma boa aclimatação, com doseamento de esforço ao início e menores ganhos de altitude. A ideia é subir durante o dia e dormir mais abaixo, na maioria dos dias.

    A aclimatação começa logo no primeiro dia em Bishkek, a cerca de 1000 metros de altitude. A próxima paragem é Karakol, a cerca de 1800 metros de altitude, e onde passamos duas noites. Só no dia seguinte iniciamos o trekking, num dia curto, em que caminhamos poucas horas e com um ganho de altitude pequeno, exatamente para continuarmos uma boa aclimatação. De seguida, o trekking é ondulante, passando por vários vales e atravessando vários colos de montanha, que rondam os 4000 metros. As noites nos vales estão a cerca de 2500 metros de altitude e as noites de maior altitude a cerca de 3700 metros.   

    A adaptação do corpo à altitude depende da reação individual de cada organismo. Se não tiveres problemas de saúde, é pouco provável que venhas a ter problemas com a altitude. No entanto, é possível que sintas algum desconforto pontual, como dores de cabeça, cansaço e enjoos. 

  • Esta viagem é fisicamente exigente?

    Esta viagem é aconselhável a pessoas em boa forma física e habituadas a caminhar em montanha. Terás de estar preparado para um trekking em semi-autonomia, carregando uma mochila com um peso máximo de 5 kg, durante 10 dias consecutivos.

    No geral, os trilhos são tecnicamente acessíveis. Os dias de passagem de colos de montanha (4 dias no total) implicam alguma exigência física e exposição na progressão. Terás de caminhar por trilhos estreitos e que atravessam zonas com uma inclinação significativa.

  • Não tenho experiência de trekking. Esta viagem é para mim?

    Este trekking está ao alcance de todos os que estejam motivados para passar dez dias a percorrer uma paisagem natural a pé, dormindo em tendas todas as noites. Terás de empenhar alguma perseverança, para ultrapassar os colos de altitude e gerir o esforço de várias horas a caminhar com inclinações significativas. No entanto, o ritmo de caminhada é baixo. Leva em consideração o cansaço e desconforto acumulados de caminhar em montanha durante o dia e dormir em tendas à noite, sem acesso a banho, ao longo de dez dias.

  • Quantos quilómetros caminhamos por dia?

    Em montanha, as distâncias não são medidas em quilómetros, mas sim em horas. Isto porque, devido ao tipo de terreno e desnível, podemos demorar horas a percorrer poucos quilómetros. Neste trekking, caminhamos cerca de sete a oito horas por dia, na maioria dos dias. No entanto, há dias em que caminhamos menos horas, como é o caso do primeiro dia.

  • Esta viagem exige cuidados de saúde especiais?

    Para esta viagem, não existe qualquer recomendação quanto a vacinas ou medidas de prevenção de doenças. Antes de viajares, deverás informar-te sobre os requisitos de vacinação e/ou testagem à COVID-19 para este(s) destino(s).

    Caso pretendas realizar uma Consulta de Viajante para uma avaliação médica personalizada, deverás fazê-la um a dois meses antes da viagem. 
    Podes realizar esta consulta através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por telemedicina ou em hospitais/clínicas privadas:

    • Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a Consulta de Viajante e vacinação em vários pontos do país. Para saberes mais, consulta a lista completa dos centros de saúde aqui (na secção Portugal | Centros de Vacinação Internacional) e informação geral sobre este serviço aqui. A marcação antecipada (mais de dois meses) é particularmente importante se escolheres fazer pelo SNS.
    • orientação médica em telemedicina é uma alternativa eficaz e cómoda. A Nomad recomenda a Consulta do Viajante em Telemedicina, que tem na sua equipa médicos que são também viajantes e que entendem a nossa maneira de ver o mundo e as necessidades inerentes a uma viagem aventura. Por viajares com a Nomad, tens a possibilidade de usufruir de uma redução de 10% no valor da tua consulta.
    • Vários hospitais privados oferecem este serviço aos viajantes. Com uma simples pesquisa online, poderás encontrar o mais próximo da tua área de residência.

    Pessoas com doenças crónicas ou antecedentes de doenças cardiovasculares e/ou respiratórias, deverão sempre consultar o seu médico e informar previamente a Nomad (na Área Pessoal poderás adicionar esta informação). Caso tenhas necessidade de viajar com algum medicamento, nomeadamente medicação crónica ou menos comum, leva contigo uma cópia da prescrição médica. 

  • Com quem vou partilhar a minha viagem? Como são os viajantes Nomad?

    Os viajantes Nomad têm todos um grande interesse comum: as viagens. É uma evidência, mas indica imediatamente que são pessoas curiosas, ativas, com gosto por conhecer, explorar e, sobretudo, encontrar uma visão diferente e uma atitude sustentável em relação aos lugares que visitam ou que percorrem. Como de uma característica de espírito se trata, é natural que seja transversal a qualquer faixa etária dos 20 aos 80 anos, e independente dos cargos ou estatutos que se possam ter na vida profissional. São pessoas que procuram a aventura e a descoberta e, por isso, têm uma atitude descontraída face aos imprevistos que possam surgir e preferem o contacto com os costumes locais ao conforto burguês das cadeias internacionais de hotéis ou restaurantes. São, sobretudo, pessoas que se inscrevem a maior parte das vezes de forma individual, e que esperam levar, no fim de cada viagem, a recordação de momentos inesquecíveis entre um grupo de novos amigos.

  • O grupo viaja em conjunto desde Portugal?

    Não. Nas nossas viagens, o ponto de encontro é sempre no destino. Assim tens a flexibilidade de escolher o horário de voo que mais te agradar.

  • Podem reservar-me os voos internacionais?

    A Nomad não dispõe do serviço de reserva de voos. O voo não está incluído no preço da viagem, para que possas ter a flexibilidade de escolher onde queres comprar o voo e de onde queres partir. 

    Se quiseres comprar os bilhetes de avião através de uma agência, recomendamos que recorras aos nossos parceiros Rotas do Mundo. Nos dias de hoje, a oferta online de ferramentas de pesquisa e marcação de voos internacionais é imensa, por isso poderás também optar por reservar os voos de forma independente. Se for o caso, sugerimos que consultes motores de busca como o Google Flights e a Momondo, que te apresentam várias soluções com diferentes itinerários, a preços competitivos.

    Lembramos que só deves comprar os bilhetes de avião quando a viagem estiver confirmada, ou seja, quando estiver garantido o número mínimo de participantes para a mesma se realizar. Se decidires inscrever-te na viagem, receberás um email assim que isso aconteça, com a indicação de que já podes proceder à reserva dos voos.

  • Se os voos são marcados de forma individual, como é que se faz a reunião do grupo à chegada?

    A marcação dos voos é da responsabilidade dos viajantes. No entanto, vamos pedir-te os detalhes da tua reserva e os horários de chegada. Esta informação será transmitida ao Líder de Viagem, Guia de Trekking ou à nossa equipa local.

    Em viagens onde o ponto de encontro é o aeroporto de chegada e a Nomad assegura os transfers (nas datas do programa), o líder/guia/equipa local vai estar à tua espera no aeroporto para te levar para junto do resto do grupo.

    Em viagens onde o ponto de encontro é o nosso alojamento da primeira noite, vamos fornecer antecipadamente informação sobre como podes efetuar a marcação dos transfers de acordo com os horários dos teus voos. O líder/guia/equipa local irá combinar com o grupo a hora de reunião no primeiro dia.

  • Posso inscrever-me sozinho? Isso acarreta algum custo adicional ao valor da viagem?

    Podes. A maior parte dos nossos viajantes viaja sozinho, sem qualquer alteração ao preço.

Resumo de viagem

Destinos

Quirguistão

Atividades

Trekking

Dormida

Acampamento: 10 noites, Guesthouse: 3 noites, Hotel: 2 noites

Transportes

Camião, Carrinha

Reservas

Min: 5 | Max: 12

Voo não incluído

Valor indicativo: 800€

Testemunhos

Foi a viagem da minha vida. Uma experiência crua de contacto com a natureza e paisagens deslumbrantes. Quando nos vemos perante a imensidão da montanha e despojados de tudo, nada podemos fazer senão render-nos à força extraordinária da natureza.
Joana S.
Cada cume ultrapassado traduz-se numa imensa sensação de prazer, felicidade e até liberdade. Não há como ficar indiferente às Tien Shan. O cansaço e o desconforto tornam-se irrelevantes. Recomendaria esta viagem a quem gosta de se pôr à prova.
Teresa M.
As Tien Shan são um tesouro bem guardado das multidões - um dos trekkings mais bonitos que já tive oportunidade de fazer. A paisagem é deslumbrante. Nas cidades, sente-se uma atmosfera tranquilas e a simpatia das pessoas. Um país a voltar.
Inês D.