Viagem Esgotada

Japão Ancestral

Com Cláudia Santos 05 a 21 abr 2024

Terra de samurais, templos ancestrais e cerejeiras em flor, Japão é sinónimo de harmonia e equilíbrio. Entre tradições intocáveis e rasgos de vanguarda, o país do sol nascente preserva uma identidade cultural inconfundível.

Da velocidade alucinante do comboio-bala, ao ritmo lento e solene das cerimónias do chá, o Japão é uma viagem a dois tempos: passado e futuro. Começamos em Tóquio, entre neons e edifícios modernos, submersos na energia cosmopolita, vibrante e até excêntrica da capital japonesa. Seguimos depois para norte, ao encontro da dimensão ancestral do país. Exploramos Kakunodate e a cultura samurai. Descobrimos as Dewa Sanzan, montanhas sagradas que acolhem os yamabushi, monges eremitas praticantes da fé Shugendō. Meditamos em templos milenares, mergulhados em espaços verdes meticulosamente cuidados, relaxamos nas águas quentes dos onsen e dormimos nos fascinantes ryokans. Absorvemos a cultura nipónica, experimentamos os seus rituais e aprendemos sobre as suas tradições.

  • Impacto cultural
    Encontras um povo com rituais e crenças distintos aos que estás habituado. Dos monges budistas da montanha aos samurais, passando pela singular cultura de Tóquio, o perfecionismo japonês está sempre presente.
  • Esforço físico
    Viagem com pouca atividade física, para além de caminhadas e deslocações a pé nas cidades. O dia mais exigente será a subida aos templos de Haguro-san, de cerca de duas horas.
  • Nível de conforto
    Alojamentos cómodos e bem localizados, sem desvirtuar o nosso estilo de viagem. Em algumas noites, não dormimos em camas, mas sim nos tradicionais futons japoneses. Os transportes públicos são cómodos e funcionais.

05 a 21 abr 2024

3250 €17 Dias
Voo não incluído.  Valor indicativo: 950€

Viagem Esgotada

Percurso

Dia 1Chegada a Tóquio

À chegada ao aeroporto internacional de Haneda, o líder Nomad Cláudia Santos aguarda-te, para te dar as boas-vindas ao Japão. Depois será tempo de seguir para o hotel, para descansares do voo e para te reunires com os restantes viajantes.

Alimentação: -
Dormida: Hotel

Dia 2Tóquio

Mergulhamos na cultura japonesa através do buliço urbano de Tóquio. Uma cidade fervilhante que nos transporta para um futuro, onde arranha-céus e neons convivem com símbolos de história e tradição. Começamos o dia no santuário Nezu, um dos mais antigos templos de Tóquio. À entrada, cruzamos os característicos portões torii, que marcam a passagem do mundano ao sagrado, e deixamo-nos envolver nos rituais xintoístas.

Do templo, seguimos para o parque Ueno, onde observamos a sintonia entre o tradicional e o moderno. Ali, os lagos e os jardins seguem as técnicas ancestrais de harmonia dos espaços naturais, enquanto ao longe se impõem os enormes edifícios que marcam a arquitetura das últimas décadas.

Entramos no fascinante metro de Tóquio, com destino ao futuro. No bairro de Shibuya, encontramos o imaginário cosmopolita e futurista da capital japonesa. Imersos num ambiente onde abundam os estímulos sensoriais, paramos para observar as multidões que atravessam a passadeira mais icónica do país. Seguimos para Shinjuku para assistir ao pôr do sol numa das torres do edifício do governo metropolitano, com 220 metros. Dali, a vista estende-se da encruzilhada urbana de Tóquio até ao monte Fuji. Depois, perdermo-nos nos Yokocho, os bairros pedonais característicos das grandes cidades japonesas, e exploramos os tradicionais bares de sake e petiscos, os famosos izikayas. Somos contagiados pela atmosfera animada, enquanto absorvemos o quotidiano dos locais, na sua versão mais descontraída. 

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dia 3Konohana

Pela manhã, apanhamos o nosso primeiro shinkansen, o comboio-bala japonês. Saímos de Tóquio em direção ao sopé do monte Fuji, onde somos acolhidos pela comunidade rural de Konohana, um projeto fundado em 1994, com o objetivo de viver de uma forma sustentável, mantendo vivas as tradições agrícolas da região.

Vamos passar dois dias em pleno convívio com os japoneses que ali vivem, e contactar de perto com o seu quotidiano. Na noite da nossa chegada, os habitantes de Konohana presenteiam-nos com um pequeno concerto de boas-vindas à comunidade. 

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Guesthouse

Dia 4Konohana

Estamos nos arredores da capital japonesa, num lugar com vistas privilegiadas sobre o monte Fuji. O nome Konohana é alusivo à deusa protetora do Fuji, também conhecida como a deusa das cerejeiras em flor. 

Mergulhados num cenário idílico, despertamos para mais um dia na comunidade. Com o amanhecer, começam as tarefas diárias na comunidade e nós juntamo-nos aos locais para participarmos nestes momentos. Aprendemos sobre modelos de sustentabilidade e técnicas agrícolas ancestrais que foram atualizadas, aperfeiçoadas e adaptadas à vida contemporânea, nos vastos campos agrícolas de Konohana. Visitamos as colmeias, as produções de molho de soja, de miso, de arroz e do café de arroz. Na cozinha, aprendemos as formas tradicionais de preparação de alguns alimentos japoneses, como as flores de lótus ou a raiz de konjac. Aproveitamos o dia ao ritmo da comunidade e relaxamos, antes de regressar a Tóquio, nas vésperas de partir rumo ao Norte do Japão. 

Alimentação: Pequeno-almoço, almoço e jantar
Dormida: Guesthouse

Dia 5Tóquio

Passamos a manhã ainda em Konohana, a absorver a calma que o lugar transmite. Depois, é tempo de mudar radicalmente o ritmo. Voltamos a Tóquio para nos perdermos em Akihabara, um dos bairros mais desconcertantes do planeta. Exploramos edifícios de seis andares repletos de jogos arcade e descobrimos os maid cafés, onde todas as empregadas estão vestidas ao estilo do manga japonês. Nas ruas, cruzamo-nos com grupos de cosplay, uma espécie de performance, na qual os participantes se disfarçam a rigor e representam os seus personagens de anime preferidos. Estamos num impressionante mundo de fantasia, rodeados de frenéticas luzes neon, que acendem e apagam numa cadência alucinante. 

Para completar a experiência da vertente mais cosmopolita de Tóquio, passamos a noite num hotel cápsula. Estes hotéis foram criados no Japão no final da década de 70, como alternativa aos alojamentos mais luxuosos e dispendiosos. Desde essa época, o design das cápsulas mudou bastante, tornando-as mais confortáveis e criativas.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel Cápsula

Dia 6Matsushima

Deixamos Tóquio e seguimos em direção ao mar. Passamos a tarde em Matsushima, uma pequena cidade na costa do Pacífico, nomeada pelos japoneses como um dos três lugares mais bonitos do Japão. Ao passear pela costa, avistamos algumas das 300 ilhas que tornam a paisagem única. Visitamos uma das casas de chá, onde o poeta japonês Matsuo Bashō costumava escrever, durante as temporadas que passava em Matsushima. Perdemo-nos nos templos Zuiganji e Eidoji, e deixamo-nos contagiar pela tranquilidade que a estética japonesa evoca. Contemplamos a simplicidade do jardim de rochas, que convida ao silêncio e à meditação.

Ao final do dia, assistimos aos tons dourados do pôr do sol que desaparece sobre o mar, rodeado das pequenas ilhas que marcam o horizonte. Ao jantar, deliciamo-nos com as famosas ostras e com o peixe fresquíssimo desta zona costeira. 

Alimentação: -
Dormida: Guesthouse

Dia 7Hiraizumi

Continuamos para norte, e chegamos a Hiraizumi, a Quioto do Este. É uma pequena cidade que guarda a herança arquitetónica deixada pelo clã Ōshu Fujiwara, que se ocupava do minério do ouro, no século XII. Hiraizumi é dedicada aos princípios budistas e os seus templos são considerados Património Mundial pela UNESCO. Visitamos os jardins de Motsuji, onde nos deliciamos com o extremo cuidado e devoção dos japoneses aos seus templos e jardins. Apreciamos as maravilhas da natureza numa caminhada até ao topo do monte Kanzan, que nos leva dos jardins à zona dos templos principais, Chuson ji. A atmosfera calma desta região budista abraça-nos, numa envolvente que reflete a absoluta dedicação de vários séculos a tradições que se mantêm vivas até aos dias de hoje.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse

Dia 8Geibi e Hirosaki

Pela manhã, descemos ao desfiladeiro Geibi. Espera-nos um passeio de barco no rio Satetsu, nas antigas embarcações de cedro, de fundo caracteristicamente plano, uma vez que eram tradicionalmente usadas para o transporte de cavalos. No Geibi, os barcos são conduzidos por homens e mulheres que cantam as tradicionais canções conhecidas por Geibi Oiwake. As suas vozes ecoam no desfiladeiro e embalam a nossa travessia.

A jornada rumo a norte continua, na direção de Hirosaki. Esta é uma cidade tradicional, que conseguiu passar pela Segunda Guerra Mundial conservando os seus templos e o seu castelo intactos. Hirosaki fica no meio de uma zona rural, onde se cultivam as maçãs mais famosas do Japão. Ali, este fruto abunda, e encontra-se nas mais variadas formas e feitios, desde bolos e tartes, a rebuçados, gelados e waffles. Hirosaki é também conhecida pelo café, já que foi nesta região que o café começou a ser consumido pelas pessoas comuns no Japão. A propósito, aproveitamos para conhecer um dos cafés mais antigos de Hirosaki.

Revigorados pela cafeína, aproveitamos para explorar o parque de Hirosaki e visitar o castelo mais fotogénico do norte do Japão. Ao longe, a montanha Iwaki-san, com os seus 1650 metros, impõe-se no horizonte. Ao cair da noite, o parque ilumina-se para admirarmos a sua beleza de outra perspetiva.

Alimentação: -
Dormida: Ryokan

Dia 9Hirosaki

Começamos o dia nos templos de Hirosaki e deixamos que o silêncio ou a meditação zazen nos guie até outros patamares. Com as energias renovadas, partimos à descoberta dos encantadores jardins Fujita Memorial, mantidos pela abastada família Fujita, num estilo tipicamente japonês. Deixamo-nos inspirar pela estética imaculada do lugar, antes de nos deliciarmos com a gastronomia local, que inclui pratos como o famoso igamenchi, feito com pernas de lula picadas e vegetais; as suculentas vieiras, conhecidas como hotate kaiyaki; os noodles soba tsugaru, servidos com o molho característico da região; a tempura de milho; várias especialidades preparadas com alho preto, proveniente de Aomori, e ainda os afamados bifes Wagyu. 

Desfrutamos de algum tempo livre para compras e, especialmente, para apreciarmos a arte do Tsugaru nuri, o intricado artesanato, característico da região. Encantamo-nos com os templos antigos de Hirosaki, e preparamo-nos para mergulhar a fundo na cultura japonesa, participando na Chanoyu, a cerimónia do chá. Indissociável da identidade japonesa, o ritual remete para o imaginário do Japão ancestral e lembra-nos a importância da comunicação silenciosa, tão valorizada neste canto do mundo. O ato de servir o chá é solene e, durante a cerimónia, nenhum detalhe é descurado.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Ryokan

Dia 10Kakunodate

Viajamos para Kakunodate para imergir na cultura samurai. Os samurais eram os guerreiros do antigo Japão, e tinham o ranking mais alto nas castas sociais do período Edo, entre 1603 e 1868. O código de honra dos samurais - bushido - declarava que um verdadeiro guerreiro devia manter a lealdade, a coragem, a veracidade, a compaixão e a honra. No caso destes valores serem postos em causa, o samurai devia praticar o harakiri, terminando a própria vida com a sua espada. Muitos samurais seguiam os ensinamentos do budismo zen.

A fundação de Kakunodate data de 1620, quando foi estabelecida por Ashina Yoshikatsu, o chefe do clã Satake. É tempo de nos perdermos pelo bairro samurai mais emblemático de todos o Japão. Exploramos o carismático buke yashiki, ou bairro samurai, lugar de uma mística sedutora. Visitamos duas antigas casas de samurais e apreciamos a sua estética inequivocamente japonesa. Numa delas, residem ainda descendentes diretos da linhagem samurai. Percorrendo a avenida principal, ladeada por edifícios ancestrais, absorvemos esta atmosfera singular onde se respira história e tradição.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Guesthouse

Dia 11Kakunodate

Espera-nos uma visita à antiga fábrica de molho de soja e miso. A descoberta dos processos de produção abre-nos o apetite para provar estas iguarias, bem como os famosos pickles, sobretudo de vegetais fumados, exclusivos desta região.

O passeio em Kakunodate segue na zona tradicionalmente dedicada ao comércio, onde visitamos os kuras: antigos armazéns geridos por famílias de comerciantes. Ali encontramos peças de artesanato kabazaiku, uma técnica iniciada pelo samurai Fujimura Hikoroku, que se caracteriza pelas peças feitas com casca de cerejeira. De vistas cheias e com o aproximar da hora do almoço, regressamos ao bairro dos samurais para um repasto na antiga casa de um célebre samurai, atualmente transformada em restaurante. 

Segue-se uma caminhada tranquila ao longo do rio Hinokinaigawa, onde em que impera a harmonia dos espaços naturais. Depois, continuamos até ao monte Furushiro, onde outrora se erguia o castelo de Kakunodate. Dali, apreciamos a vista panorâmica sobre a carismática vila.

Alimentação: -
Dormida: Guesthouse

Dia 12Tsuru no yu

Deixamos Kakunodate para seguir em direção ao lago Tazawako, onde nos deslumbramos com a beleza daquele que é o lago mais profundo do Japão, com 423 metros de profundidade. As águas límpidas e serenas do Tazawako, assim como o cenário envolvente, fazem desta uma das paisagens naturais mais imponentes de toda a viagem.

Inspirados pelo esplendor natural, almoçamos nas redondezas do lago, antes de uma viagem rumo a um dos tradicionais onsen, piscinas de água quente naturais. Em alguns casos, são frequentados diariamente pelos japoneses e um elemento fulcral da cultura nipónica.

Aventuramo-nos por uma estrada de montanha. Da janela, admiramos a incrível paisagem da zona norte do Japão. Quando finalmente chegamos ao antigo onsen, visitado desde a época samurai, a atmosfera zen toma conta dos sentidos. O ritmo lento e ponderado de cada ação contagia-nos. Tomamos banhos de água quente e descansamos nos quartos decorados de acordo com os preceitos minimalistas, típicos da estética japonesa. À hora de jantar, deliciamo-nos com uma refeição que reflete o primor e o perfecionismo japoneses. Os banhos ficam abertos toda a noite, para quem quiser voltar depois do jantar.

Alimentação: Jantar
Dormida: Onsen

Dia 13Yamadera

Apontamos as agulhas a sul e rumamos a Yamadera, uma aldeia fundada no ano 860 por monges que transportaram a chama sagrada desde o templo Enryaku-ji, perto de Quioto. Os monges acreditavam que as faces das rochas de Yamadera eram as fronteiras entre este mundo e o próximo. Diz a lenda que essa chama continua acesa até aos dias de hoje.

É tempo de explorar o templo Risshaku-ji. Os icónicos portões tori revelam uma atmosfera de mistério e encantamento, e abrem o caminho para uma subida de mais de 1000 degraus até ao topo, onde se ergue o templo. Subimos a escada esculpida na pedra, vendo o musgo e os pequenos altares pontuar o caminho - uma caminhada que também é um momento meditativo e de contemplação. 

Seguimos de Yamadera até Yamagata, onde vamos passar a noite. Jantamos numa antiga casa de samurais e desfrutamos do incontornável soba, um prato à base de noodles de trigo sarraceno, preparado como dita a tradição. As taças de soba são um ícone do quotidiano nipónico e cada japonês tem um local preferido para as degustar, no país ou na sua prefeitura, ao qual se mantém fiel ao longo da vida. 

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dia 14Montanhas Dewa Sanzan

Saímos de manhã para Haguro-san, a montanha sagrada que faz parte das três montanhas conhecidas como as Dewa Sanzan. Segundo a religião Shugendō, Haguro-san representa o nascimento, Gas-san representa a morte e Yudono-san, o renascimento. No conjunto, refletem o ciclo da vida e, ao mesmo tempo, as fases pelas quais os peregrinos passam na jornada a Dewa Sanzan. Nas montanhas, podemos ver os devotos da fé Shugendō a caminhar, envergando roupas brancas, sandálias e chapéu feitos de palha. Os yamabushi, ou padres da montanha, levam ainda instrumentos de sopro feitos a partir de conchas, grandes calções brancos e coletes de xadrez. 

É nesta atmosfera mística que subimos a Haguro-san, percorrendo os 2446 degraus de pedra, que nos levam até aos 419 metros de altitude por um trilho decorado com cedros e pequenos altares. No caminho, cruzamo-nos com peregrinos que completam a sua jornada sagrada. No topo da montanha, descobrimos finalmente os templos de Haguro-san.

A noite é passada num templo, perto do topo de Haguro-san. Ao jantar, saboreamos uma maravilhosa refeição shōjin ryōri, a típica cozinha budista que só se encontra nos templos e mosteiros. Os cogumelos e os vegetais da montanha, colhidos pelos monges, são característicos desta alimentação, e o jantar no templo é uma experiência inesquecível por si só.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Templo

Dia 15Montanhas Dewa Sanzan e regresso a Tóquio

Acordamos cedo para tomar o pequeno-almoço no templo onde pernoitamos. Com as energias repostas, regressamos ao topo da Haguro-san para uma cerimónia tradicional, realizada por um yamabushi que reside no templo principal.

Descemos a montanha enquanto assimilamos a experiência de peregrinação e revisitamos as memórias de toda a viagem. Está na altura de apanhar o comboio de regresso a Tóquio. Deixamo-nos transitar do ritmo lento dos dias passados na região de Tohoku, para a pressa que se sente nesta cidade vibrante.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dia 16Tóquio

De volta a Tóquio, recuperamos a harmonia entre progresso e tradição. Para honrar a ligação do legado budista à cultura japonesa, começamos o dia a visitar o Senso-ji, o templo budista mais antigo da capital. Situado no coração do bairro de Asakusa, Senso-ji é um símbolo do Japão ancestral, perdido na modernidade dos prédios ao seu redor, incluindo a icónica torre Sky Tree. À saída do templo, experimentamos os omikuji: um ritual onde a nossa sorte aparece escrita num papelinho. Bem ao modo japonês, colhemos aqui uma mensagem para a nossa vida. 

O almoço é em Ryogoku, a zona dos lutadores de sumo. É neste bairro que vivem, treinam nos estábulos e mantêm a sua cuidada dieta de competição. As lutas oficiais acontecem nos estádios característicos do bairro, entre os quais Ryogoku Kokugikan é o mais famoso. Com sorte, poderemos ver alguns lutadores de sumo na sua vida quotidiana. Experimentamos um restaurante dedicado a estes atletas, onde servem chanko nabe, a refeição típica dos lutadores.

Após a refeição, seguimos para a zona do antigo mercado Tsukiji. Embora o mercado e o famoso leilão do atum tenham mudado para um novo edifício, continua a haver aqui alguma mística ligada às décadas do comércio de peixe neste bairro. Continuamos o passeio na praia de Odaiba. Esta é uma zona contemporânea da cidade, e dali podemos contemplar o skyline de Tóquio ao longe, enquanto refletimos, nostálgicos, na viagem que está prestes a terminar. Apanhamos um barco que segue pelo rio Sumida até Asakusa, onde celebramos a jornada num jantar de despedida.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Hotel

Dia 17Tóquio e Voo de Regresso

É dia de dizer sayonara ao Japão. Depois das despedidas, a Cláudia acompanha-te até ao Aeroporto de Haneda, de onde regressas a casa, depois desta aventura pelo país do sol nascente. 

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: -

Inclui:

Acompanhamento do líder Nomad durante toda a viagem
Transfers de aeroporto (dentro das datas do programa)
Alojamento durante todo o programa
Transportes durante todo o programa
Aluguer de cacifo
Transporte de bagagem
12 pequenos-almoços, 2 almoços e 4 jantares
Atividades e visitas descritas no programa

Exclui:

Voos internacionais
Visto
Alimentação não especificada (cerca de 40€ por dia)
Seguro pessoal
Atividades não especificadas
Extras pessoais

Perguntas Frequentes

  • Qual o aeroporto preferencial para a chegada a Tóquio?

    Deves comprar os teus voos com destino e a partir do Aeroporto Internacional de Haneda. A cidade de Tóquio é servida por vários aeroportos internacionais. Nesta viagem, por motivos logísticos, optámos pelo aeroporto de Haneda. Ou seja, a Nomad só consegue assegurar transfers a partir deste aeroporto. Caso o teu voo esteja centralizado noutro aeroporto, terás de assegurar o teu transporte para o hotel da primeira noite, bem como do hotel da última noite até ao aeroporto.

  • Podem reservar-me noites extra no início e fim da viagem?

    A Nomad não reserva noites extra no início e/ou no fim da viagem mas podes fazê-lo diretamente nos mesmos alojamentos que temos previstos para a viagem. Depois da tua reserva estar confirmada, disponibilizamos as informações dos alojamentos nas Notas de Viagem (na tua Área Pessoal), para que possas realizar as reservas de noite extra de acordo com as tuas preferências. Estarão sempre sujeitas à disponibilidade dos alojamentos no momento em que efetues a reserva.

  • Para fazer esta viagem preciso de visto?

    Não. Para viajantes com passaporte português, não é necessário visto para o Japão. Apenas tens de levar o teu passaporte com uma validade mínima de seis meses após a data de fim da viagem.

  • Como são os alojamentos durante a viagem?

    Escolhemos alojamentos que respiram a atmosfera das povoações visitadas, caracterizados pelas marcas culturais da região, de forma a acentuar os contrastes que se podem sentir ao longo da viagem.

    Únicos no mundo, os ryokans são alojamentos tradicionais que se distinguem pela sua arquitetura e modo de receber. Com um estilo minimalista, ao invés de camas, os quartos possuem futons individuais - colchões japoneses. Na maioria dos casos, os quartos são de três ou quatro pessoas, sendo as casas de banho partilhadas.

    Pernoitamos também num onsen antigo, um edifício com condições bastante similares aos ryokans, mas que se distingue pelo seu complexo de águas termais. Passar o fim de semana nos onsen é uma experiência ainda hoje bastante comum entre os japoneses, e exploramos ao máximo o que este alojamento nos tem a oferecer. 

    Passamos também uma noite num templo e estas estadias em templo são conhecidas no Japão como shukubo. Com condições semelhantes aos ryokans, partilhas o quarto com três ou quatro pessoas. As casas de banho são também partilhadas. 

    Os hotéis e guesthouses onde ficamos variam entre si, sendo uns maiores e outros de caráter mais familiar. Na comunidade de Konohana, os quartos são partilhados por duas ou três pessoas do mesmo sexo. Nesta comunidade, para além de as casas de banho serem partilhadas, os banhos têm horas definidas para homens e mulheres.

    Nas cidades optamos por alojamentos bem localizados e perto dos principais pontos de interesse, de forma a facilitar as deslocações previstas no programa. Em Tóquio, uma das noites do programa, ficamos alojados num dos icónicos hotéis cápsula. As camas são extremamente compactas e as casas de banho são partilhadas. 

  • Como é a alimentação durante a viagem?

    A gastronomia japonesa vale só por si uma viagem ao país do sol nascente. Muito mais que sushi, tempura ou miso, a cozinha japonesa é uma das mais originais e aclamadas no mundo inteiro. Surpreende-te com o sabor único do caril japonês, os tradicionais pratos de soba e udon, a arte do tofu artesanal, a leveza dos mochi e as bolachas de arroz com tamari. Se fores vegetariano ou vegan, terás opções mais limitadas e com menos variedade. 

    Uma das refeições mais especiais da viagem será no templo nas montanhas de Dewa Sanzan. Conhecidas como shojin ryori, as tradicionais refeições nos templos budistas japoneses são preparados com caldos de carne ou peixe da região. 

  • Como vou gerir o dinheiro durante a viagem?

    A moeda usada no Japão é o yen (JPY) e é com ela que farás os teus pagamentos. Podes trocar dinheiro em casas de câmbio em Tóquio. No entanto, levantar dinheiro em máquinas ATM é o modo mais fácil e ágil e encontra-las em qualquer uma das povoações por onde passamos. No Japão, a maior parte dos pagamentos são feitos em dinheiro. É comum restaurantes, lojas e outros serviços não aceitarem pagamentos com cartão.

    Durante o programa, não está incluída a maioria da alimentação da viagem. Não estão ainda incluídas água, cafés e outras bebidas, nem algum snack que queiras fazer num local de paragem. Estimamos para a alimentação não incluída um valor de cerca de 35€ a 40€ por dia. As entradas e atividades descritas no programa estão incluídas.

    Aconselhamos-te a levar um cartão Revolut ou outro do mesmo género. As principais vantagens são as taxas reduzidas ou inexistentes. Alegadamente, as taxas de câmbio são mais favoráveis do que as dos bancos tradicionais, por isso é uma excelente opção para poupares dinheiro em taxas durante a viagem.

    É conveniente levares um fundo de emergência de 200€ em dinheiro. Pode servir se, por qualquer razão, não conseguires levantar dinheiro logo à chegada ou noutro local durante o percurso. Nesse caso, farás com facilidade a troca para a moeda local num banco ou numa casa de câmbios.

  • Como é o acesso à eletricidade durante a viagem?

    Durante grande parte da viagem, há wi-fi nos alojamentos, cafés e restaurantes, mas por vezes, o acesso à internet nem sempre é muito rápido. Há também uma boa cobertura de 3G nas cidades.

    Se quiseres, podes comprar facilmente um cartão de telemóvel local. Aconselhamos-te que o faças no aeroporto, à chegada. A rede de telemóvel está disponível durante toda a viagem - é raro o momento em que não está. Todos os alojamentos têm eletricidade, mas pode haver poucas tomadas disponíveis, pelo que te aconselhamos a levar uma pequena ficha tripla. No Japão, a electricidade tem 100 V / 50-60 Hz, e as tomadas são de tipo A e B, portanto preisas de um adaptador para utilizar as tomadas.    

  • Como são os transportes durante a viagem?

    Viajamos maioritariamente de comboio. Experimentamos o shinkansen, o comboio-bala, entre outros. Confortáveis e de uma pontualidade extrema, os comboios japoneses são sem dúvida a opção mais eficiente e comum para grandes deslocações. Durante a sua utilização, em especial nas transferências entre comboios, terás de ser ágil.  

    Nas regiões montanhosas, damos preferência aos autocarros locais, também eles com excelentes padrões de qualidade. Em Tóquio, damos prioridade à rede de metro para descobrir esta gigantesca cidade. Usamos ainda um barco para cruzar o rio Sumida, no último dia da nossa aventura. 

  • Como é o clima durante a viagem?

    Localizado no Leste Asiático, o Japão é um arquipélago que devido à sua forma o seu clima varia consideravelmente. A nossa viagem decorre maioritariamente na região norte e portanto temos temperaturas mais baixas à medida que viajamos para norte.

    Dependendo da época da viagem, o clima varia significativamente. E por isso, por norma, realizamos a nossa viagem na Primavera ou Outono, altura em que as cores da natureza trazem uma beleza única aos locais que visitamos.

    Nas edições de primavera ou outono (de março a maio e de setembro a dezembro) as temperaturas variam muito ao longo da viagem. Em Tóquio, as temperaturas são amenas, rondando os 16ºC durante o dia. À noite, deverão rondar os 8ºC. Poderá existir alguma precipitação. No entanto, nas zonas de montanhas as temperaturas são significativamente mais baixas. Em Hirosaki, a cidade mais a norte, as temperaturas oscilam entre os 10ºC e -5ºC na primavera e entre os 20ºC e os 5ºC no outono. É, por isso, essencial levares um bom casaco de penas ou similar para o frio. Conta com grandes amplitudes térmicas e prepara-te para a possibilidade de queda de neve.

  • Esta viagem é fisicamente exigente?

    O foco da viagem é o contacto com a cultura nipónica e por isso percorremos muitos espaços naturais que nos levam até templos sagrados. Dentro das cidades deslocamo-nos maioritariamente a pé. 

    O comboio será o meio de transporte de eleição. Quando o utilizamos muitas vezes realizamos transferências que nos exigem alguma rapidez. Para além disso, na chegada às cidades muitas vezes teremos de caminhar, cerca de um quilómetro, para chegar ao nosso alojamento. Cada viajante deverá ser capaz de suportar o peso da sua bagagem, com facilidade, nestas deslocações. 

    A caminhada mais exigente será a subida aos templos de Haguro-san. É uma subida inclinada, com 2446 degraus de pedra, que nos leva até aos 419 metros de altitude por um trilho decorado com cedros e pequenos altares. A caminhada é de cerca de duas horas, a um ritmo tranquilo. No caminho, cruzamo-nos com peregrinos que completam a sua jornada sagrada.

  • Esta viagem exige cuidados de saúde especiais?

    Para esta viagem, não existe qualquer recomendação quanto a vacinas ou medidas de prevenção de doenças. Antes de viajares, deverás informar-te sobre os requisitos de vacinação e/ou testagem à COVID-19 para este(s) destino(s).

    Caso pretendas realizar uma Consulta de Viajante para uma avaliação médica personalizada, deverás fazê-la um a dois meses antes da viagem. 
    Podes realizar esta consulta através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por telemedicina ou em hospitais/clínicas privadas:

    • Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a Consulta de Viajante e vacinação em vários pontos do país. Para saberes mais, consulta a lista completa dos centros de saúde aqui (na secção Portugal | Centros de Vacinação Internacional) e informação geral sobre este serviço aqui. A marcação antecipada (mais de dois meses) é particularmente importante se escolheres fazer pelo SNS.
    • orientação médica em telemedicina é uma alternativa eficaz e cómoda. A Nomad recomenda a Consulta do Viajante em Telemedicina, que tem na sua equipa médicos que são também viajantes e que entendem a nossa maneira de ver o mundo e as necessidades inerentes a uma viagem aventura. Por viajares com a Nomad, tens a possibilidade de usufruir de uma redução de 10% no valor da tua consulta.
    • Vários hospitais privados oferecem este serviço aos viajantes. Com uma simples pesquisa online, poderás encontrar o mais próximo da tua área de residência.

    Pessoas com doenças crónicas ou antecedentes de doenças cardiovasculares e/ou respiratórias, deverão sempre consultar o seu médico e informar previamente a Nomad (na Área Pessoal poderás adicionar esta informação). Caso tenhas necessidade de viajar com algum medicamento, nomeadamente medicação crónica ou menos comum, leva contigo uma cópia da prescrição médica. 

  • Com quem vou partilhar a minha viagem? Como são os viajantes Nomad?

    Os viajantes Nomad têm todos um grande interesse comum: as viagens. É uma evidência, mas indica imediatamente que são pessoas curiosas, ativas, com gosto por conhecer, explorar e, sobretudo, encontrar uma visão diferente e uma atitude sustentável em relação aos lugares que visitam ou que percorrem. Como de uma característica de espírito se trata, é natural que seja transversal a qualquer faixa etária dos 20 aos 80 anos, e independente dos cargos ou estatutos que se possam ter na vida profissional. São pessoas que procuram a aventura e a descoberta e, por isso, têm uma atitude descontraída face aos imprevistos que possam surgir e preferem o contacto com os costumes locais ao conforto burguês das cadeias internacionais de hotéis ou restaurantes. São, sobretudo, pessoas que se inscrevem a maior parte das vezes de forma individual, e que esperam levar, no fim de cada viagem, a recordação de momentos inesquecíveis entre um grupo de novos amigos.

  • Podem reservar-me os voos internacionais?

    A Nomad não dispõe do serviço de reserva de voos. O voo não está incluído no preço da viagem, para que possas ter a flexibilidade de escolher onde queres comprar o voo e de onde queres partir. 

    Se quiseres comprar os bilhetes de avião através de uma agência, recomendamos que recorras aos nossos parceiros Rotas do Mundo. Nos dias de hoje, a oferta online de ferramentas de pesquisa e marcação de voos internacionais é imensa, por isso poderás também optar por reservar os voos de forma independente. Se for o caso, sugerimos que consultes motores de busca como o Google Flights e a Momondo, que te apresentam várias soluções com diferentes itinerários, a preços competitivos.

    Lembramos que só deves comprar os bilhetes de avião quando a viagem estiver confirmada, ou seja, quando estiver garantido o número mínimo de participantes para a mesma se realizar. Se decidires inscrever-te na viagem, receberás um email assim que isso aconteça, com a indicação de que já podes proceder à reserva dos voos.

  • O grupo viaja em conjunto desde Portugal?

    Não. Nas nossas viagens, o ponto de encontro é sempre no destino. Assim tens a flexibilidade de escolher o horário de voo que mais te agradar.

  • Se os voos são marcados de forma individual, como é que se faz a reunião do grupo à chegada?

    A marcação dos voos é da responsabilidade dos viajantes. No entanto, vamos pedir-te os detalhes da tua reserva e os horários de chegada. Esta informação será transmitida ao Líder de Viagem, Guia de Trekking ou à nossa equipa local.

    Em viagens onde o ponto de encontro é o aeroporto de chegada e a Nomad assegura os transfers (nas datas do programa), o líder/guia/equipa local vai estar à tua espera no aeroporto para te levar para junto do resto do grupo.

    Em viagens onde o ponto de encontro é o nosso alojamento da primeira noite, vamos fornecer antecipadamente informação sobre como podes efetuar a marcação dos transfers de acordo com os horários dos teus voos. O líder/guia/equipa local irá combinar com o grupo a hora de reunião no primeiro dia.

  • Posso inscrever-me sozinho? Isso acarreta algum custo adicional ao valor da viagem?

    Podes. A maior parte dos nossos viajantes viaja sozinho, sem qualquer alteração ao preço.

Resumo de viagem

Destinos

Japão

Atividades

Descoberta cultural

Dormida

Guesthouse: 6 noites, Hotel: 5 noites, Hotel cápsula: 1 noite, Onsen: 1 noite, Ryokan: 2 noites, Templo: 1 noite

Transportes

Autocarro, Barco, Comboio, Metro

Reservas

Min: 5 | Max: 10

Voo não incluído

Valor indicativo: 950€