Este primeiro dia é dedicado à viagem até ao Parque Nacional de Aigüestortes, ponto de encontro com o guia de trekking. O transporte até Barruera é da responsabilidade de cada viajante, mas, caso tenhas interesse em partilhar deslocação, consulta as Perguntas Frequentes ou entra em contacto connosco. Já instalado no acolhedor albergue, o guia irá ajudar-te a preparar a mochila para os dias de travessia, garantindo que levas apenas o essencial.

Alimentação: -
Dormida: Albergue

Nesta etapa, subimos gradualmente por planaltos nevados, cruzando morenas e cumes discretos. A neve espessa, o ar frio e a luz cambiante criam variações constantes — sombras, brilhos e camadas de branco. Situado junto ao lago Negro, o Ventosa i Calvell é um refúgio de altitude onde a neve dita o ritmo e o calor interior ganha outro valor. É um dia de transição, em que o corpo sente o cansaço acumulado e a mente encontra espaço para o silêncio.

Alimentação: Jantar
Dormida: Refúgio Montanha

A travessia leva-nos ao anfiteatro glacial de Colomers — um dos cenários mais emblemáticos dos Pirenéus. À medida que subimos, o relevo abre-se em sucessivos lagos de altitude, cercados por cumes recortados e morenas de granito. A neve cobre parcialmente a superfície dos lagos e o som das raquetes é o único ruído audível. O refúgio de Colomers surge à beira do Estany Major, discreto e sólido, com as janelas voltadas para o vento frio. Dentro, o ambiente é simples e acolhedor — um abrigo onde o calor e o silêncio coexistem.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Refúgio Montanha

Partimos cedo, enquanto o ar ainda está quieto. O trilho leva-nos por lagos de altitude — Naut e deth Miei — quase imobilizados pelo frio. A paisagem é austera e silenciosa, dominada pelo branco e pela rocha. À medida que ganhamos altura, a floresta desaparece e o horizonte abre-se. O refúgio de Saboredo ergue-se sobre uma pequena elevação, rodeado de cumes e lagos gelados. Lá dentro, a madeira estala com o calor do fogão e a conversa recupera a vida que o exterior suspende.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Refúgio Montanha

Subimos em direção ao Estany de Ratera e, depois, às Agulhas de Amitges, já em plena montanha. Cada passada revela a dureza e a beleza do terreno coberto de neve. No final do dia, o refúgio oferece abrigo, comida quente e a primeira sensação de isolamento total.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Refúgio Montanha

Avançamos rumo ao Estany Llong. O ar rarefeito anuncia as altitudes maiores. A subida é constante, o solo escorregadio, e o olhar volta-se para o horizonte: cumes distantes erguem-se sobre camadas de nuvens baixas. O refúgio junto ao lago gelado torna-se um porto seguro — pouco mais que um abraço térmico no frio da montanha. A serenidade do vale contrasta com o esforço do dia.

Alimentação: Pequeno-almoço e jantar
Dormida: Refúgio Montanha

A etapa final devolve-nos aos arredores do Barruera. Caminhamos por trilhos menos inclinados, ainda cobertos de neve e exigentes no esforço. O contorno dos lagos, antes austero, assume formas delicadas à luz baixa do dia. Quando regressamos a Barruera, a travessia completa-se: vale, lago e montanha unem-se num mesmo movimento — circular, silencioso e pleno.

Alimentação: Pequeno-almoço
Dormida: Albergue

Com a travessia concluída, a viagem termina com um último pequeno-almoço em grupo. Tal como no primeiro dia, cada viajante é responsável pela viagem de regresso a Portugal, agora com a serenidade da montanha bem presente na memória.

Alimentação: -
Dormida: -