A publicação “Kumbha Mela" revela-nos um olhar íntimo sobre o maior festival religioso do mundo, que leva cerca de 120 milhões de peregrinos a viajar de todas as partes do subcontinente indiano até Prayagraj, o ponto onde se unem os rios Ganges, Yamuna, e o mítico Saraswati, para terem o privilégio de se banhar nas celestiais águas num momento auspicioso ditado pelas estrelas.

Através da fotografia e da força das palavras, o fotojornalista Eduardo Leal e a antropóloga Dânia Rodrigues apresentam-nos o quotidiano vivido pelos milhões de devotos que participam neste vibrante fenómeno, com um especial enfoque nos saddhus, os homens santos indianos que renunciaram a todos os seus bens materiais na sua busca pela espiritualidade.

Autores

Eduardo Leal é um fotógrafo documental no Sudoeste Asiático, focado principalmente em questões sociais, de género e ambientais. Formado em Jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo do Porto, concluiu o mestrado em fotojornalismo e fotografia documental pela London College of Communication e participou do XXVIII Eddie Adams Workshop em Nova Iorque. O seu trabalho já recebeu diversos reconhecimentos como o Sony World Photo Awards, o Prémio Estação Imagem, o Picture of the Year Latin America, Lens Culture Earth Awards, Kuala Lumpur Photo Awards, entre outros prémios. Eduardo reside actualmente em Macau e trabalha com publicações como: The Washington Post, Time, Al Jazeera, Bloomberg, The Guardian, Dagens Nyheter, Courrier Internacional, Terra Mater Magazine, Revista Greenpeace, VQR ou British Journal of Photography.

Dânia Rodrigues possui formação na área da História e da Antropologia Cultural, após uma licenciatura em Arqueologia e História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e um mestrado em Antropologia Cultural e Etnologia na Università degli Studi di Torino, em Itália. Especializou-se no estudo da religião do subcontinente indiano, e da cultura do Sul e Sudeste Asiático, tendo efectuado várias publicações académicas e divulgativas neste âmbito. Para aprofundar o seu conhecimento sobre estas realidades, habita desde 2015 em diversas partes desta região, recolhendo informação sobre as práticas e as crenças dos seus habitantes. O seu enfoque particular são os sistemas filosóficos, religiosos e antropológicos subjacentes a várias correntes hinduístas.